quarta-feira, 8 de agosto de 2007



Virada Cultural se transforma em campo de batalha no centro de SPGarrafas, pedras, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo invadiram a programação da Virada Cultural no centro de SP na madrugada de sábado para domingo. Após um quebra-quebra entre a Polícia Militar e os fãs do grupo de rap Racionais MCs na praça da Sé, a violência se alastrou para outras ruas e interrompeu pelo menos outros dois palcos --estes no largo da Misericórdia. Ao menos cinco pessoas ficaram feridas, de acordo com apuração prévia reportagem e dados do Corpo de Bombeiros. O trabalho das ambulâncias às 6h da manhã era ininterrupto, assim como o barulho das bombas de efeito moral. Houve ameaças com armas --não apenas por parte de PM-- e foram disparados tiros para o alto. Mastrangelo Reino/Folha Imagem A organização não quis estimar um número de presentes na região da praça da Sé, mas o show era visto até de ruas paralelas. A Virada Cultural divulgou que cerca de 3 milhões de pessoas participaram do evento inteiro nesta madrugada, ocupando todo o centro de São Paulo. A confusão começou por volta das 4h50. O grupo de rap composto por Mano Brown, Edy Rock, Kl Jay e Ice Blue havia tocado por cerca de 25 minutos quando algumas pessoas subiram em uma banca de jornal na lateral da praça. A PM exigiu que saíssem, o que iniciou o confronto. A Força Tática entrou em ação, atirando balas de borracha e bombas de efeito moral enquanto o show acontecia. A resposta veio na forma de pedradas e garrafadas. A violência se alastrou e virou pânico por volta das 5h30, quando centenas de pessoas correram em ruas estreitas para evitar se ferir. A briga subiu até as escadaria da catedral da Sé e ao próprio palco, que amanheceu com cheiro de lacrimogêneo. Mano Brown ora apaziguava os ânimos, ora cutucava a polícia. "Aí, vamos ignorar a polícia. A festa é nossa", gritou, antes de tentar prosseguir com as músicas, sem sucesso. A apresentação foi interrompida pela primeira vez no ápice da euforia da platéia, quando o grupo tocava "Vida Loka". Mastrangelo Reino/Folha Imagem A hostilidade entre fãs do grupo e policiais era visível, antes mesmo de agressões físicas. Parcela da platéia decidiu cantar gesticulando para viaturas e quem mais estivesse fardado, em vez de acompanhar o palco. Parte da euforia dos presentes se deve também à longa espera madrugada adentro. O show estava marcado para as 3h, mas começou com uma hora e meia de atraso. A cada nova atração que entrava no palco, prometia-se: "Em seguida, Racionais Mcs!". Em vão. Segundo o tenente da PM Jackson [não quis falar o sobrenome], responsável pela ação policial na Sé, as autoridades agiram com equilíbrio. "Eles [os fãs] subiram na banca e tentaram invadir apartamentos pelas janelas, foi indecente", disse à Folha Online. A PM culpou ainda o conjunto de rap pelo confronto. O grupo é conhecido por ter letras combativas, sobretudo em relação a abusos policiais. "É só ver o histórico do Racionais. Acaba sempre assim. Mas nós já estávamos preparados para isso acontecer", afirmou o tenente. De acordo com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que chegou ao palco às 3h e saiu durante a confusão, a atitude da PM foi "exagerada". O político já acompanhou o Racionais em outras ocasiões. "Nunca tinha visto a praça da Sé tão cheia. Mas, olha, os PMs estavam mais nervosos que o público e usaram mais força do que necessário." Por volta das 6h30, o cenário na praça da Sé era de pós-guerra. Carros amassados e com vidros trincados, orelhões arrancados, banheiros químicos depredados e grades no chão compunham a cena.

EM SEUS SHOWS, AO LADO DOS OUTROS TRÊS RACIONAIS, RAPPER USA AS PALAVRAS PARA CRITICAR A CULTURA DA VIOLÊNCIA NA PERIFERIA A voz de Mano Brown ecoa forte pela quadra da escola de samba São João, encravada na periferia de Mauá, uma das cidades mais pobres do ABC paulista. É madrugada alta, quase 5h do último dia 8, "um sabadão de primavera louco", como gosta de dizer Brown, registrado Pedro Paulo Soares Pereira, 35 anos. Líder da "família" Racionais MC's e ícone seguido por milhares de jovens, Brown faz uma enquete com os quase 2.000 jovens -alguns poucos alcoolizados- que o vêem, paralisados, cantar seus raps épicos ao lado dos "irmãos" Ice Blue, Edy Rock e DJ KLJay: "Vocês são contra ou a favor do desarmamento?" Mais da metade dos jovens levanta a mão para defender as armas. Brown, então, pede para um dos jovens a favor das armas subir no palco e contar a razão por que assume essa defesa. Nervoso, o rapaz emenda: "Se os bicos sujos [inimigos] têm o direito de ter arma, nós também temos". O público vibra, aplaude. Brown rebate e diz que a violência, na maioria das vezes, atinge gente igual ao seu público ou seus familiares. Após o show, ainda no camarim, Brown se dirige ao repórter do Agora e diz: "Você viu só, mano, a molecada quer é andar armada mesmo." Depois de anos sem dar entrevista a um grande órgão da imprensa, Mano Brown falou ao Agora sobre o referendo para a proibição ou não da fabricação e a venda de armas e munições no Brasil, marcado para dia 23: Agora: Qual é o seu posicionamento em relação ao referendo do dia 23? Mano Brown - Sou a favor do desarmamento, mas essa argumentação é difícil, devia ser de outra forma. Está difícil a colocação das palavras. Sim ao armamento ou sim ao desarmamento. "Vote sim". Mas o bagulho está louco, mano, você viu lá no show, o pessoal quer arma. Agora: Você tem dois filhos. Você quer que seu filho pegue em armas amanhã? Brown- Acontece que as pessoas estão vindo como luta de classes, tá ligado, mano? O rico não quer que o pobre se arme e ele fique desarmado. E o pobre não quer que o rico se arme e ele fique desarmado. Você viu o argumento do moleque: "Como é que os policiais vão andar armados e eu vou andar desarmado?" É meio desigual, o argumento. Está confuso. Agora: Principalmente para o jovem? Brown- O jovem da periferia vê na arma um instrumento para ascender na sociedade de alguma forma, de ganhar respeito, coisa que ele não conseguiria normalmente, ou não da forma que ele queria. Agora: Antes de ser o Mano Brown, você pensou em andar armado para ser mais homem ou para ter ascensão social no seu bairro? Brown- Andei armado para me defender. Andei armado um tempo, não ando mais, não gosto de arma. Agora: Isso é público? Você não esconde que um dia andou armado? Brown- Não. Andei armado. Agora: Hoje, você voltaria a andar, caso corresse risco? Brown- É difícil porque a gente não sabe o dia de amanhã. Mas eu preferiria não ter uma arma na mão no momento em que fosse necessário. Preferiria não ter. Acho que uma vida humana vale muito mais do que qualquer coisa, e isso é irreversível. Muita coisa que poderia ter sido resolvido na idéia acabou em morte, pelo fato de a arma dar essa sensação de controle total. Agora: No ano passado, segundo o Ministério da Justiça, 2.947 pessoas foram mortas com armas de fogo só em São Paulo, e a maioria tinha entre 15 e 24 anos, gente que vinha assistir o seu show. Como você vê isso? Brown- Eu enxergo que está muita pressão em cima dessa geração que está descendo para a rua agora, para a arena, que acabou de sair da adolescência. Está muito pressão sobre eles porque a família, dos que têm, não consegue retribuir o investimento que a família fez neles. Os que não têm não vêem motivação de ser um garoto exemplo, porque os exemplos que estão sendo seguidos são os que andam armados, os que usam a força para conseguir o que querem, seja pobre ou rico. Agora: Dinheiro fácil, ascensão social fácil? Brown- Não é fácil porque nunca é fácil quando você arrisca a sua própria vida. Nunca é fácil. O que eu penso é que muitos amigos meus, pessoas de quem eu gostava, poderiam estar vivos hoje, se não fosse a arma. Porque a pressão que a molecada está vivendo vai ser extravasada violentamente, porque eles não são ouvidos. Os anos estão passando, um governo de esquerda já assumiu e era esperança. As coisas estão muito lentas e a periferia é urgente, precisa das coisas para ontem e as coisas não estão acontecendo, está muito nebuloso. Os moleques estão inseguros, eles têm pressa, eles querem viver logo, têm ânsia de viver a vida, viver a vida que é vendida, que é oferecida. Agora: Via parabólica? Brown- É, pela televisão. Eles querem viver a vida que todo mundo fala que é boa, que os poetas falam. E eles não estão vendo essa vida, eles estão vivendo uma vida de necessidade, de dia-a-dia difícil, de hostilidade, uma competição hostil o tempo todo, começa dentro de casa. É muita gente para pouco espaço, muita gente para pouco emprego, muita gente para pouco dinheiro, poucas oportunidades, está muito competitivo. Agora: Você já contou quantos amigos seus foram mortos a tiros? Brown- Eu não parei para contar, mas eu sinto a falta de vários, vários camaradas que morreram vítimas de violência barata mesmo, de idéia de que poderia resolver trocando idéia. A arma estava fácil. Armamento abundante na mão de pessoas sem estrutura, sem equilíbrio, na mão de pessoas problemáticas. A arma não deveria estar na mão de ninguém, nem a polícia deveria andar armada. É aquilo que o moleque falou: "Por que a arma tem que estar na mão do polícia e na nossa não?" Acho que a partir do momento em que a polícia tem o direito de matar, o cidadão comum também tem. Porque, na verdade, o policial também é um cidadão comum, o governador também é um cidadão comum, ele não tem o direito de matar, ninguém tem o direito de matar. Então, tem que desarmar geral, eu sou a favor de desarmar geral, todo mundo. Agora: Você ficou decepcionado, triste, quando, durante o show que terminou, viu que a maioria dos jovens quer as armas? Brown- Eu não fiquei tão surpreso, entendeu. Talvez eu já soubesse, mais ou menos, que a resposta seria essa, porque esse argumento é muito fácil, é o mesmo que os ricos também estão usando. Eu fico sentido porque sei que quem, mais uma vez, se a vontade da periferia for aquela refletida hoje dentro do salão lá, as armas vão continuar na rua. Porque eu vi que a maioria é a favor do armamento. Talvez por não pensar muito, talvez por não analisar um assunto a fundo, como ele precisa ser analisado. Talvez alguns tenham respondido ali da boca para fora, e se respondeu da boca para fora é porque não está pensando tanto no assunto. Isso é preocupante. Agora: Você acha que o jovem vai votar de qualquer jeito no referendo? Brown- Está aí o que você falou que eu fiquei sentido, foi isso aí. Eu senti que as pessoas não estão preocupadas com o assunto, tá ligado? Tanto faz. Já estão vivendo a pior parte mesmo, eu estou vendo que, pelos moleques, tanto faz ter arma ou não, eles acham que a vida não vai melhorar. Eles não acreditam na melhora. Eu vejo que os jovens estão sem esperança na melhora. Agora: Você falou em luta de classes, que o rico quer ficar armado e quer desarmar o pobre, é desse jeito? Brown- É isso o que eu estou vendo. E o pobre não quer ficar desarmado porque ele sabe que do outro lado vai haver muitas armas contra ele, também. Então virou quase que uma guerra, né? Uma guerra fria. O Brasil está a beira de um... o barril está para explodir mesmo, hein, meu. Se o Lula não conseguir dar um passo, fazer alguma coisa que as pessoas realmente notem. Se esse governo agora, que vai entrar no último ano, não fizer alguma coisa que seja visível aos olhos dos humildes, uma coisa que faça diferença dentro da casa das pessoas, eu acho que a tendência é o Brasil voltar a ter um governo de direita, morô, meu, de pessoas que pregam a arma, pregam a construção de cadeia, tá ligado, que pregam a repressão, e a periferia continuar alienada. Agora, vai se alienar por outras coisas. (André Caramante) Bagulho continua em outro quadro no Jornal Agora: Rapper é a "voz guia' do Racionais A voz do jovem da periferia. Essa é uma das várias definições que cabem ao Racionais MC's, mais importante grupo de rap do Brasil, formado no fim da década de 80 por Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown, Paulo Eduardo Salvador, o Ice Blue, Edivaldo Pereira Alves, o Edy Rock, e Kleber Geraldo Lelis Simões, o DJ KLJay. Até hoje, o grupo lançou cinco álbuns, todos retratos da vida na periferia de São Paulo, de onde vieram os quatro racionais, Brown e Blue do Capão Redondo, na zona sul, e Edy Rock e KLJay dos arredores do Jaçanã, na zona norte. Músicas como "Fim de Semana no Parque", "O Homem na Estrada", "Diário de Um Detento", "Vida Loka 2", "Hey, Boy", "Pânico na Zona Sul", "Negro Drama" e "Eu Sou 157" fizeram do quarteto uma referência musical que, quase todos os fins de semana, arrasta multidões de jovens para shows normalmente realizados na periferia de alguma cidade brasileira. (AC) É muita treta! A revolução não será televisionada!

terça-feira, 7 de agosto de 2007


"Eu não sou artista. Artista faz arte, eu faço arma. Sou terrorista." "No começo eu estranhava, achava que eles não estavam curtindo. Depois é que me contaram: 'Mano, eles prestam atenção na letra'." (sobre o silêncio do público nos shows) "Quem mata é Deus, você só adianta o serviço dele." "Fazia musculação na academia de um chegado, mas deixei prá lá. Não gostava quando uns caras ficavam de frescura no espelho, olhando para os músculos e gemendo." (sobre as raras sessões de musculação que fazia) Não espere nada, porque do céu, só cai chuva, morô? Sem melancolia, sem tristeza, sem sentir pena de sí mesmo, sem melancolia, sem droga. Avida é uma guerra, eu respeito os Guerreiros Chorão, longe de mim, morô? Tem que ser guerreiro, porque o mundo é uma Guerra. os Playboys estão se armando, no dinheiro, na arma, no carro, na internet. E nós estamos aí chorando, olhando um pra cara do outro e reclamando, certo? A vida é uma guerra. Quem já morou em barraco de pau,, de chão batido, sabe o que eu tô falando. E eu sou um exemplo disso. Não sou demagogo, não sou hipócrita, a vida é uma Guerra. Tem que se armar, certo mano? Eu não falo só de arma, não. Arma também, tem que se armar. Ficar chorando e reclamando, esperando que o outro faça, é sem futuro bandido. Certo é isso aí!
*PAZ*


No texto em momento algum cito o nome ou apelido : Guina.[aquino]Eu sinceramente nem sei quem é este cidadão, o que fez, deixou de fazer, se está vivo ou se está morto.
Pelo que eu entendi, o tal Guina, deveria ser um participante do grupo Racionais MC’s, ou pelo menos o povo que fez de meu post, um fórum sobre ele, acha que era. Ele deixou o grupo, e se converteu ao protestantismo. Conhecidos aqui no nosso país como “Evangélicos”.
Eu sou, e não nego, absolutamente contra evangélicos, pastores e igrejas que cobram alguma coisa. Sou anti-evangélicos. Sou anti conversa fiada de “VOCÊ TEM QUE ACEITAR JESUS NO SEU CORAÇÃO“, “O sangue de Jesus salva“, “Jesus morreu na cruz para te salvar“, etc, etc, etc.
Danem-se ! Eu não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe quem é este tal Guina. Eu irei fechar os comentários do post, para ver se tenho paz. Mas alguns “malas” já descobriram outras formas de entrar em contato :
Rogério escreveu:Gostaria de obter informações sobre ” um ex integrante dos Racionais” Guina.Eu ouví o testemunho dele e acreditei, mas existem pessoas que o contradizem.Oque há de verídico e mentira nessa história…
Obrigado.
Deus me abençoe !
ps. tenho bons amigos evangélicos, mas eles sabem que não é legal tentar me alienar com essas 3 frases em negrito !

405 Responses to “Testemunho do Guina - Racionais MC’s”
Pages: [41] 40 39 38 37 36 35 34 33 32 311 » Show All
405Adriano correia dos santos Says: August 7th, 2007 at 13:32:23
Paulo era um homem que a biblia diz que ele era perseguidor da igreja e jesus teve um encontro e acertou as contas com ele, esse jovem pode ficar em paz que o que ele fala Deus escuta e diz a biblia ele é justo e não faz acepção de pessoas
404samuel o grande Says: August 5th, 2007 at 23:09:54
tenho pena de vcs quando um dia vcs precisaren de Deusqu sei que ele nunca vai abandonar vcs vcs poden abandonar ele mas ele nunca vcsfiquem ligado no que eu estou falando …eu não estou na igreja eu estou desviado ….mas eu não fico falando besteiras de Deus …
403marcio vida loka Says: July 30th, 2007 at 15:30:47
iai do o maior valor ao som dos caras fica com deus fui
402............. Says: July 29th, 2007 at 1:58:18
Só quero saber quem é esse idiota que pensa que jesus é coisa de quem não tem o que fazer? Aí malandrão quero ver se vc vai viver para sempre? fica na vida loka, se tem peito para a eternidade sem salvação , então vai nessa malandro!! paga para ver otário.
401betao Says: July 28th, 2007 at 13:31:38
vou me espelhar e vc.e queria conheçe-lo.por passei por varias dificuldades e so te abracar e dizer :jesus te ama!!!
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No texto em momento algum cito o nome ou apelido : Guina.[aquino]Eu sinceramente nem sei quem é este cidadão, o que fez, deixou de fazer, se está vivo ou se está morto.
Pelo que eu entendi, o tal Guina, deveria ser um participante do grupo Racionais MC’s, ou pelo menos o povo que fez de meu post, um fórum sobre ele, acha que era. Ele deixou o grupo, e se converteu ao protestantismo. Conhecidos aqui no nosso país como “Evangélicos”.
Eu sou, e não nego, absolutamente contra evangélicos, pastores e igrejas que cobram alguma coisa. Sou anti-evangélicos. Sou anti conversa fiada de “VOCÊ TEM QUE ACEITAR JESUS NO SEU CORAÇÃO“, “O sangue de Jesus salva“, “Jesus morreu na cruz para te salvar“, etc, etc, etc.
Danem-se ! Eu não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe quem é este tal Guina. Eu irei fechar os comentários do post, para ver se tenho paz. Mas alguns “malas” já descobriram outras formas de entrar em contato :
Rogério escreveu:Gostaria de obter informações sobre ” um ex integrante dos Racionais” Guina.Eu ouví o testemunho dele e acreditei, mas existem pessoas que o contradizem.Oque há de verídico e mentira nessa história…
Obrigado.
Deus me abençoe !
ps. tenho bons amigos evangélicos, mas eles sabem que não é legal tentar me alienar com essas 3 frases em negrito !

Racionais na Sé
Franklin Thomas Ruão, sargento Mad Dog... um sobrevivente da Faixa de Gaza paulistana, um sobrevivente acima de tudo.
Pois o sargento, esse meu ex-colega de FAAP, além de fundador da tropa de elite Sex Shop Boys, é grande conhecedor de HQs e cronista de um universo sem privilégios, de shows vistos pelo buraco da fechadura, apontando graça e desgraça onde ninguém faz questão de olhar direito.
Pois o sargento esteve na Praça da Sé, no show que os Racionais fizeram durante a Virada Cultural, com aqueles resultados que tantas versões receberam: violência da polícia, vandalismo, caos e terror.
Quem foi culpado pelo único incidente de desarmonia da Virada? Eu não sei, eu não estive lá. Mas o Franklin foi, seguindo seu faro de correspondente de guerra, e escreveu um relato de cores fortes. Confira e tire suas conclusões:
Desculpa, Brown
Por Franklin Ruão
"São Paulo, seis de maio de 2007. Praça da Sé, São Paulo. Outono. Agora eu quero ver se a Praça da Sé é o lugar! Quero ver se aqui é o lugar!"
Com estas palavras, Mano Brown dava início ao show dos Racionais MC's que depois se transformaria em uma batalha pelas ruas de São Paulo.
Naquela madrugada não compareci à Praça da Sé para atuar como jornalista, fui apenas como mais um espectador disposto a ver o show junto com a multidão e deixo aqui meu ponto de vista de quem foi testemunha ocular dos fatos e esteve exatamente dentro do olho do furacão.
Às três e quinze da madrugada de domingo, eu e dois amigos (Hector, veterano de vários shows dos Racionais MC's, e Issao, recém-chegado do Japão em féria na cidade) subíamos a alameda Barão de Limeira rumo ao show. Não nos preocupamos em chegar no horário divulgado pela organização da Virada Cultural, porque tínhamos certeza absoluta que o show começaria atrasado.
A Praça da Sé estava completamente tomada pela multidão e as ruas ao redor também. Apenas com muita disposição conseguimos atravessar o oceano de pessoas e nos aproximamos do lado direito da praça, bem onde a rua terminava e começava a calçada. Exatamente em frente da banca de jornal. Notei que apesar da praça estar lotada ainda não havia ninguém em cima da banca que oferecia um local estratégico para ver o show.
Enquanto esperávamos, o teto da banca de jornal já começava a ser tomado por um grupo de pessoas. Simultaneamente outras começaram a escalar a marquise da farmácia que ficava na mesma calçada da banca de jornal e logo dezenas de jovens ocupavam vários andares de todos os prédios disponíveis. Um rapaz pulou na varanda do conjunto comercial, em questão de segundos já estava dentro do prédio, abrindo a janela da sacada ao lado e ajudando seus companheiros a subir.
Não havia ninguém realizando segurança no local, nenhuma força policial do Estado ou seguranças privados. Quando o show da banda de abertura começou, os mais audaciosos já estavam escalando o prédio para realizar pichações.
Do local onde estava pude acompanhar o teto da banca ceder gradativamente à medida que o número de pessoas em cima dele aumentava. Quando o teto estalou pela primeira vez a policia já estava no local. Com a mesma agilidade que utilizaram para subir na banca e nos prédios, todos desceram rapidamente debaixo de golpes de cassetete. Os que haviam invadido o prédio se esconderam dentro dos escritórios.
Tudo leva a crer que a polícia não se manteve no local, pois quando o show dos Racionais começou o grupo de escaladores voltou a ocupar a banca de jornal e os prédios ao redor.
Recordo nitidamente quando o rapaz sem camisa e usando boné que ficou escondido dentro do prédio escreveu com a lata de spray preto "Desculpa Brown" na parede do lado de fora do sexto andar. Quando vi aquela cena, tive a certeza que ele estava escrevendo o testamento de toda a multidão. Pela primeira vez na noite comecei a me preocupar.
No palco era possível ver e sentir todo o carisma messiânico de Mano Brown. Com um visual genuíno de quem sabe do que está falando e usando óculos escuros, Mano Brown logo após a primeira música, parou em um lado do palco e comentou com toda a sua manha adquirida em anos de sobrevivência na periferia: "Dizem que não pode ter show do Racionais... Que a gente fala mal da polícia. Quem fala mal da polícia?", para em seguida emendar "Eu sou 157", levando o público ao delírio.
A esta altura a PM já começava a bater em todos que estavam nos arredores da banca de jornal. Uma clareira começava a ser aberta. Na parte de baixo da Praça da Sé era possível ver uma multidão que havia sido afastada e isolada pela PM, que agora se preparava para marchar sobre nós.
Mano Brown é o nome mais importante do cenário musical brasileiro da atualidade e será preciso ainda muito tempo e reflexão para compreender todas as idiossincrasias de sua personalidade. Mano Brown não está apenas cantando suas composições, ele realmente acredita de corpo e alma naquilo que está dizendo e sua disposição de ir até o final e sacrificar-se como um mártir ficou clara para todos que compareceram na Praça da Sé naquela madrugada.
Após a multidão incitada ter atirado várias garrafas de vidro, pedras e até barras de gelo contra a PM, tudo que restou foi assistir ao massacre anunciado. Várias pessoas foram brutalmente agredidas. Quando a PM disparou contra nós, fomos empurrados pelos que fugiam, caímos no chão e por pouco não fomos esmagados pela massa que fugia. Issao milagrosamente recuperou seu tênis perdido e junto com outras pessoas tentávamos nos abrigar atrás de uma das palmeiras imperiais que adornam a Praça da Sé.
Durante todo o tumulto, as camadas de espectadores que nos separavam da PM foram sendo retiradas e agora estávamos frente a frente com os homens da tropa de choque. Centenas de pessoas levantaram as mãos mostrando nitidamente para a PM que não estávamos armados e não iríamos atacá-los. Muitos estavam sendo retirados da rua com as mãos na cabeça e Mano Brown reafirmou sua posição de permanecer na Praça da Sé: "Vocês podem ir, eu vou ficar, eu vou ficar aqui".
Neste momento algumas pessoas que estavam com as mãos levantadas começaram a bater palmas, tentando fazer a PM entender que aqueles que estavam sendo detidos eram os verdadeiros baderneiros e que o restante queria continuar assistindo o show em paz. Mano Brown não deixou este fato passar incólume e comentou, visivelmente aborrecido: "Batendo palma pra PM?".
Acredito que na verdade as palmas eram uma ironia contra a PM que estava agredindo a todos indiscriminadamente. Neste momento ficou evidente o abuso de autoridade e o excesso de violência utilizado contra o público. Um soldado que ficaria marcado na memória de todos, com seu bigode negro no melhor estilo de general de república do terceiro mundo, portando uma carabina, disparou contra nós e em seguida recebemos as bombas de gás lacrimogêneo.
Não havia mais nenhum lugar seguro para ficar e corremos em direção ao palco para buscar abrigo. Ao pular a barreira da área VIP em frente ao palco distendi um músculo da perna, mas consegui atravessar a barreira junto com a multidão que também fugia. Olhei para trás e vi Issao tentando pular a barreira, com os olhos irritados pelo gás lacrimogêneo. Mesmo ferido voltei para resgatar meu parceiro em dificuldades, contornamos a barreira e ficamos logo abaixo do palco.
Ainda sofrendo os efeitos do gás, acreditávamos que agora finalmente a PM nos deixaria em paz para poder assistir ao final do show. Mas isto não aconteceu: a tropa de choque continuou agredindo o restante do público que estava concentrado do lado esquerdo da Praça da Sé e que até aquele momento ainda não havia sentido a fúria da policia, pois nós que estávamos no frente absorvermos todo o impacto da primeira onda de ataque.
O público que permaneceu apenas queria ver o show, mas a PM estava determinada a estragar a festa. Eles continuaram atacando até que não houvesse mais condições de permanecer no local. Mano Brown, que já havia mudando seu discurso há algum tempo, tentava acalmar os ânimos e encerrou o show preocupado em preservar a integridade física daqueles que ainda resistiam.
O último desafio foi sair correndo da Praça da Sé. A PM começou a organizar um "corredor polonês" ao mesmo tempo que conduzia todos que fugiam para um verdadeiro beco sem saída. Aqueles que não conheciam as ruas do centro foram seguindo na direção indicada pela PM e com certeza não encontraram nenhuma luz no fim do túnel.
Conhecedor das ruas do centro, segui por outro caminho em relativa segurança junto com meus amigos. Mesmo assim foi impossível esquecer a imagem da multidão seguindo para o matadouro. Este foi apenas um dos muitos detalhes que a imprensa não noticiou.
Esta apresentação do Racionais MC´s já garantiu seu lugar na galeria de shows mitológicos do Brasil, ao lado da banda Sepultura na Praça Charles Miller em 11 de Maio de 1991, show este que eu também compareci e cujo saldo final foi uma morte.
No final perguntei para o meu amigo Issao sua opinião sobre tudo aquilo e para a minha surpresa ele respondeu animado: "Adorei! No Japão não tem nada parecido!".
O homem na estrada recomeça sua vidasua finalidade, a sua liberdade, que foi perdida, subtraída e quer provar a si mesmo que realmente mudouque se recuperou e quer viver em paznão olhar para trás, dizer ao crime nunca maispois sua infância não foi um mar de rosas nãona FEBEM lembranças dolorosas então.Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim muitos morreram sim sonhando alto assim me digam quem é feliz, quem não se desespera vendo nascer seu filho no berço da misériaum lugar onde só tinham como atraçãoo bar e o candomblé pra se tomar a bençãoesse é o palco da história que por mim será contada,o homem na estrada.

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"Se uma mosca ameaça me cata piso nela"
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Gosta de Rap? Se gosta, fique a vontade e volte sempre que puder, será sempre bem vindo no blog. Se Não gosta, o que faz aqui? Aqui não é o seu lugar, rap não é pra qualquer um, pode apertar um X que tem ali em cima da tela e se retirar, porque aqui é o MUNDO DO RAP - UM blog FEITO COM COMPROMISSO.


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Nome: Myllene Batista de Almeida - estado civil: casada

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Mano Brown

Pedro Paulo Soares Pereira, 33 anosBrown morava no Jardim Alvorada, bairro pobre da Zona Sul, com a mãe, dona Ana Soares Pereira, a mulher, Eliane e o filho, Kaire Jorge."Morei em casa com telhado furado, dava para ver o céu", lembra Brown. Hoje tem um apartamento próprio da Cohab.Brown tem uma caminhonete GMC, que usa para levar os companheiros nos jogos do Santos. "A gravadora me devia uma grana e me deu esse carro. Não ligo para marca".Antes Brown andava de Opala, mas de tanto sair com o pessoal teve problemas com a suspensão do carro.Ainda bem que não se preocupa com isso. A galera quer que ele deixe sua mente virada para fazer músicas eletrizantes.




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